ECOPONTOS DE PRAIA
Reciclar passou a ser um procedimento corrente nos nossos hábitos diários, ou pelo menos nos hábitos da maioria dos que se preocupam com o ambiente, a saúde, e a herança que deixamos ás gerações futuras.
Curiosamente são os mais novos, (que agora nas escolas falam abertamente de reciclagem, de ecopontos, de ambiente, efectuam visitas de estudo a centros de recolha de resíduos) que melhor sabem o destino colorido a dar aos desperdícios diários. Trazem o Azul, o Verde e o Amarelo gravado em mente, e são eles próprios a incentivar os pais á triagem dos resíduos, o que além de nobre, ainda se torna educativo, sendo apenas de louvar.
Reciclar, também é educar, e a educação deve partir de casa! O problema surge quando saímos de casa com os resíduos devidamente separados, e os ecopontos, ou não existem, ou estão a distâncias longas, fazendo apelos á nossa boa vontade, e ao nosso civismo.
Educar para reciclar, sem ecopontos suficientes, é quase como ensinar a escrever sem lápis, ou com um ou dois lápis, por turma.
A Reciclagem chegou também á maioria das nossas praias este verão, e com ela a boa vontade e o mesmo civismo de grande parte dos utentes. Casos há onde os sacos de plástico dos ecopontos eram das três cores convencionadas, apelando á correcta selecção dos resíduos, provavelmente exigência nas praias com galardão Bandeira Azul.
Caso no mínimo insólito, é o observado diáriamente na Praia da Consolação (Bandeira Azul ) em Peniche, onde de facto existem os sacos de diferentes cores, e o respeito pela selecção por parte dos utentes, mas:
O responsável pela recolha diária dos ecopontos chega ao final do dia, e para choque de muitas pessoas mistura tudo, retirando com as próprias mãos o lixo dos sacos mais cheios para os mais vazios, repito misturando tudo, ignorando a selecção efectuada durante o dia.
Além de chocante, absurdo, e sem lógica, ainda levanta indignação...!
Ecológico? pois é ... Temos pena!