OU SERÃO TAMBÉM ECOS DE CRISE?
Por toda a parte se vê cada vez mais desflorestação do nosso rectângulo plantado á beira-mar. O nosso muito querido D. Dinis, procupando-se já na sua época com as nossas necessidades e bem estar, mandou plantar o pinhal de Leiria e fez com que muitas gerações que lhe sucederam fizessem o mesmo.
O acto de grande nobreza de plantar uma árvore que demora sessenta ou setenta anos a crescer pensando não em si, mas nos seus descendentes, fez dos nossos antepassados grandes homens, não só do ponto de vista altroísta, como também do ponto de vista ecológico "muito á frente ", se nos situarmos duzentos anos para trás.
Vender a madeira do pinhal que o " meu avô deixou" porque os tempos estão díficeis e até precisamos todos de uns trocos, passou a ser um lugar comum nos nossos dias, pelo menos que o digam os comerciantes de madeira.
Estas desflorestações em época de crise estão a fazer subir as temperaturas e a provocar um maior aquecimento dos dias de Verão. O efeito de cortina provocado pela existência destas árvores antes do corte permite o arrefecimento do ar e a consequente baixa na temperatura do mesmo.
No entanto o problema não fica por aqui. As grandes manchas de pinhal foram cortadas, a madeira foi vendida, o dinheiro foi gasto, o terreno ganha mato e silvas, e nunca mais ninguém se preocupa em fazer o repovoamento das árvores.
Será porque necessitam de muitos anos para crescer para poderem vir a dar lucro de novo, ou o egoísmo vai ao ponto de não nos preocuparmos com os nossos descendentes, com a herança ecológica que lhes deveríamos deixar, ou até mesmo com o Planeta?
Está e faz muito calor, não é? muita gente ainda se interroga:
Porque será?
A resposta é só uma - " Andamos a dar cabo disto tudo"